terça-feira, 7 de maio de 2013

A OBESIDADE COMO SINTOMA


Você já deve ter escutado alguém dizer que faz tudo para emagrecer e não consegue… Ou que consegue… mas volta a engordar depois… Mas o que é “fazer tudo para emagrecer”? É fazer todos os tipos de dietas existentes no mercado e/ou passar fome? É fazer exercícios extenuantes e/ou treinar durante horas? Pois saiba que nenhum desses comportamentos fará com que você se mantenha efetivamente magro.



Geralmente, o “pensamento gordo” é oito ou oitenta, tem sempre presente o radicalismo.
Não existe moderação e não aceita escorregões. Se “sai da linha” na dieta ao invés de corrigi-la e seguir, a abandona ou quando está de dieta, jejua.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera a obesidade um dos dez principais problemas de saúde pública do mundo e a classifica como epidemia, sendo que suas causas são múltiplas, envolvendo fatores genéticos, metabólicos, comportamentais, emocionais, culturais e sociais.
A maioria das pessoas prefere ‘culpar’ o metabolismo e a genética. Porém, das pessoas que sofrem com algum tipo de obesidade, 2% derivam de causas endocrinológicas, outros 8% são diabéticos e não produzem insulina no organismo suficiente para metabolizar os alimentos. Existem também aproximadamente 10% de pessoas com tendência genética a obesidade, e provavelmente mais uns 10% que são obesos na vida adulta por terem sido crianças gordas. E ainda pode-se contar 10% que desenvolvem a obesidade por aspectos culturais, tais como hábitos familiares, sociais ou étnicos. Já os outros 60% das pessoas obesas certamente desenvolveram esse problema devido às causas emocionais. No entanto, a obesidade ocorre devido a uma combinação de fatores.
Dizem os médicos que as pessoas engordam apenas por comerem em excesso ou porque descontam suas ansiedades, carências e depressões na comida, mas nem sempre se consegue explicar porque que esses problemas levam as pessoas a comerem demais. A falta do entendimento clínico do porque a pessoa obesa come demais mesmo que lhe traga sofrimento e complicações, reforça as crenças naturalizadas tanto no meio médico como no social, de que o obeso não emagrece por preguiça, desleixo ou falta de “força de vontade”. O que não é verdade, ninguém é gordo porque quer!
Independentemente de fatores biológicos ou hereditários, o acesso aos alimentos aumentou atualmente. Junto com a disponibilidade de alimento, está a procura do ser humano pelo prazer. Uma vez que o ato de comer está associado à sensação de prazer, o individuo acaba comendo mais do que necessita. E desta forma indivíduos que perdem o controle quando começam a comer, tornam-se comedores compulsivos, desenvolvem a obesidade assim como diversos transtornos alimentares, e precisam de ajuda para superar essa dificuldade.
Há uma profunda relação entre o excesso de peso, os aspectos culturais e os aspectos emocionais, que influenciam o comportamento alimentar. O corpo obeso pode ter incontáveis significados que o indivíduo carrega dentro de si sem ao menos dar-se conta disso…
Alguns indivíduos utilizam o alimento como objeto das relações pessoais. A consequência dessa relação é que o alimento perde seu papel essencial de nutrição, passando a servir como instrumento que alivia os sofrimentos emocionais de ansiedade, medo, depressão, rejeição, raiva, entre outros.
A obesidade é um sintoma que coloca o corpo como principal depositário de tudo o que o ser humano precisa mostrar… O corpo que padece e sofre por seu excesso de peso reflete sintomas formados pelo inconsciente e que a medicina não cura!
Para que ocorra um emagrecimento efetivo é necessário que a pessoa consiga abrir mão de sua forma obesa e dos benefícios que a ”capa” de gordura fornece enquanto defesa.

O primeiro passo rumo ao emagrecimento é o autoconhecimento.
  • O que te impede de perder peso?
  • O desejo da perda de peso é seu ou de outros?
  • Qual é a sua crença sobre peso? Como está sua autoestima?
  • Você realmente deseja perder peso? É prioridade para você?
  • O que irá mudar em sua vida ao perder peso?
  • Qual a sua meta?
  • Como você se enxerga? O que você fala para você?

A partir desses princípios, a partir do momento que você tiver um motivo para seguir em frente, a partir do momento que você possuir o seu objetivo traçado é que você conseguirá obter resultados.  Portanto, pense… reflita….


 —

   Texto da Personal Trainer e Psicóloga Esportiva Renata Fernandes.
  • Licenciada em Psicologia | CRP 05/ 26535;
  • Licenciada e Bacharel em Ed. Física | 037930 – G/RJ;
  • Pós-Graduada em Psicossomática, Obesidade e Emagrecimento;

Nenhum comentário:

Postar um comentário